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Níveis de desenvolvimento nos países subdesenvolvidos

o presente ensaio versa sobre os níveis de desenvolvimento nos países subdesenvolvidos, IDH e assimetrias entre províncias em Moçambique

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Níveis de desenvolvimento nos países subdesenvolvidos. 

 
o presente ensaio com o tema os níveis de desenvolvimento nos países subdesenvolvidos, IDH e assimetrias entre províncias em Moçambique no IDH, tem como objectivo geral, perceber qual é o grau deste fenómeno tão emergente, nos países do terceiro mundo.
 
 
 E especificamente perceber se a sua manifestação faz –se sentir nestes países, mostrar qual é o seu maior indicador e analisar este indicador sua manifestação em Moçambique.
É um estudo meramente qualitativo, baseado apenas em revisão bibliográfica e tendo sido aplicado as normas APA para as citações e referências bibliográficas.
 
 O trabalho começa por enunciar os objectivos e de seguida fará discussão das opiniões dos autores, a análise destas opiniões, as possíveis conclusões e por fim as referências bibliográficas. 
 
Niederle, Cardona e Freitas (2016) afirmam que entende -se por desenvolvimento as mudanças da vida económica que não lhe forem impostas do exterior mas que surjam de dentro da economia por sua própria iniciativa. 
 
Na autoria de Tadaro (1979), o Desenvolvimento não e um fenómeno puramente económico, ele abrange o lado financeiro, o lado da vida das pessoas, envolve reorganização e reorientação completa dos sistemas económicos, envolve mudanças das estruturas administrativa e as actividades populares até mesmo crenças e costumes.
 
Alfredo (2012) na tentativa de explicar o subdesenvolvimento, apresenta as algumas características típicas dos países em vias desenvolvimento, tais como:
 
 Estruturas económicas, escassezes de capital, formação inadequada, explosão demográfica, dependência externa, dependência comercial, dependência financeira, dependência tecnológica e dependência política.
 
O subdesenvolvimento é caracterizado pela apresentação de vários sectores de subsistência compostos pelos sectores improdutivos na sua maior parte como o caso da agricultura tradicional, ao passo que o sector terciário no caso de mercados informais é excluído do sector de subsistência (Souza, 2007).
 
O subdesenvolvimento não constitui uma etapa necessária do processo de formação das economias capitalistas modernas consideradas desenvolvidas. Ele por si, representa um processo particular, resultante da penetração de empresas capitalistas modernas em estruturas arcaicas. 
 
Em outras palavras, o subdesenvolvimento seria o fenómeno decorrente da convivência de uma região dotada de um nível menor de produtividade do trabalho, com outra que apresenta um nível maior de produtividade do trabalho no plano da divisão internacional do trabalho. 
 
O subdesenvolvimento surge quando uma estrutura arcaica recebe, em um ou poucos setores económicos introdução de um aparato empresarial mais produtivo que os demais.
 
Porém, pode-se afirmar em suma, que o subdesenvolvimento não se deve à sobrevivência de instituições arcaicas e à falta de capital em regiões que permaneceram isoladas da corrente geral da história. 
 
Ao contrário, o subdesenvolvimento foi e é gerado pelo processo histórico mesmo que gera o desenvolvimento económico:

o próprio desenvolvimento do capitalismo (Niederle, Cardona & Freitas, 2016).

 
A partir de todos conceitos apresentados pelos autores percebe se que o subdesenvolvimento tem como fonte sob ponto de vista histórica, a mesma fonte do desenvolvimento, portanto o Capitalismo. 
 
E não se deve pensar que é uma fase ou estágio que as economias passam, pós o Subdesenvolvimento só poderia ser solucionado a partir da igualdade de oportunidades e do aprofundamento de regimes democráticos, condições essenciais para a expansão de qualquer economia.

Como também se percebe que um país desenvolvido é aquele que apresenta um alto nível de industrialização, uma elevada renda per capita. 

 
Ao passo que um país subdesenvolvido é quase ao contrário de um desenvolvido, os subdesenvolvidos possuem um nível de industrialização muito baixo, a renda per capita também muito baixo
 
 
 No que concerne aos níveis de desenvolvimento entre os países subdesenvolvidos, Tadoro (19709) afirma que existem seis níveis ou categorias em comum entre os países subdesenvolvidos que permitem observar de forma ampla características semelhantes entre estes países, tais como: 
 
 
Baixos níveis de vida- nos países subdesenvolvidos os níveis de vida são baixos na maioria da população, não sendo apenas em relação às nações ricas, mas também em relação a um pequeno grupo de elite dentro da própria sociedade.

E estes baixos níveis de vida manifestam –se em pobreza, falta de habitação ou então habitação inadequada, má qualidade de ensino ou falta de educação pouca expectativa de vida e de trabalho, alta taxa de mortalidade infantil, desnutrição crónica, entre outros aspectos marcantes a estes países no que diz respeito aos seus níveis de vida. 

 
Mas o mesmo autor salienta que, embora hajam estas características comuns entres estes países, em alguns casos podem existir alguns indicadores de níveis de vida diferentes entre eles, como o caso do rendimento per capita, taxas relativos ao crescimento económico da renda nacional, distribuição da renda nacional, extensão da pobreza, saúde e educação. 
 
 
Entretanto, mesmo que a renda per capita dos países ricos seja maior que a dos países subdesenvolvidos mas sempre existem diferenças entre as nações e que sempre existem discrepâncias na renda entre as nações ricas e pobres, e os problemas da distribuição de renda sempre existes em todas as nações, quer seja as nações ricas assim como as nações pobres.
 
 
Baixos níveis de produtividade – como a produção depende da disponibilidade de insumos, a capacidade de mão-de-obra, o capital, as poupanças internas, isto porque para aumentar a produtividade é muito necessário que as poupanças internas e os financiamentos estrangeiros sejam mobilizados de modo a gerar investimentos em novos bens capital físico e desenvolver o estoque de capital humano através de investimentos em educação e treinamento. 
 
 
São necessárias também as mudanças de institucionais, tais como reformas de propriedades de terra, estruturas empresariais, impostos, disponibilidade de créditos bancários, é necessário também a criação de uma administração independente, transparente e honesta. 
 
 
Este e outros insumos não económicos são extremamente importantes para o aumento da produtividade de uma nação, e infelizmente as nações pobres carecem destas condições, quer seja a sua disponibilidade assim como o seu aperfeiçoamento, isto devido a falta de organização institucional e estrutural adequada. 
 
 
Altas taxas de crescimento populacional e taxa de dependência – um dos aspectos mais marcantes nos países subdesenvolvidos, é que estes países apresentam altos níveis de taxa de natalidade comparativamente aos países ricos, embora também apresentarem taxas de mortalidades bastantes altos devido as conduções de saúde precária. 
 
Salienta-se que nos países subdesenvolvidos a proporção das crianças com idade abaixo de 15 anos representa quase a metade da população total. 
 
E também são países com altos níveis de dependência, isto por apresentarem maiores números de membros improdutivos, isto é, crianças e velhos.
 
 
Níveis altos e crescentes de desemprego e subemprego – claramente que as nações menos desenvolvidas apresentam índices mais baixas da utilização da sua forca de trabalho ou seja a utilização da forca de trabalho nestes países é completamente inadequada e ineficiente que os países desenvolvidos.
 
 Esta subutilização de mão-de-obra nos países do terceiro mundo, divide-se em duas formas: subemprego, isto é, os que trabalham menos do que gostariam e desemprego aberto as pessoas capacitadas, ansiosas em trabalhar mas que não há emprego para elas.
 
 
Forte dependência da produção agrícola e da exportação de produtos primários – grande parte da população nas nações menos desenvolvidas dependem da agricultura de pequena escala, caracterizada por tecnologias primitivas má organização, insumo de capital físico e humano limitado, entre outras.
 
 
 Em suma a agricultura nos países em desenvolvimento é predominante familiar e não comercial. E sua dependência nas exportações apenas é baseada em exportações de produtos alimentares básicos e matérias-primas.
 
 
Dominação, dependência e vulnerabilidade nas relações internacionais – os países do terceiro estão completamente dominados pelas nações ricas, visto que são as nações ricas que controlam o comércio internacional, isto verifica-se mais na mediada em que as nações pobres são influenciadas quase em todos os aspectos de vida. 
 
A partir dos valores, atitudes, instituições e padrões de comportamento das nações ricas, isto na tendência dos ricos tornarem-se mais ricos em detrimento dos pobres.
 
Quanto aos níveis de desenvolvimento entre países subdesenvolvidos, percebe se claramente que afinal os níveis são os mesmos quer seja, nos países ricos ou pobres a diferença é que nos países ricos estes níveis pesam positivamente ao passo nas nações em desenvolvidos pesam negativamente. 
 
 
Entretanto, os países subdesenvolvidos apresentam os níveis de desenvolvimento extremamente baixo, como pode se ver na tabela seguinte onde são ilustrados a categoria das nações em relação aos níveis de desenvolvimento.
 
 

Níveis – descrição

Desenvolvimento Económico

 
São dependentes aos países ricos, e agricultura como base de desenvolvimento e geram as suas receitas
 

Desemprego e Pobreza 

 
Através da agricultura familiar e serviços Públicos, poucos políticos para minimizar os problemas de desemprego, a taxa de desemprego sempre alta.
 

Saúde e Indicadores Demográficos 

 
Baixas expectativas de vida má condições de vida, elevadas taxas de mortalidades infantil desnutrição crónica
 

Educação 

 
Alto nível de analfabetizacao, má qualidade de ensino, pouca instrução e treinamento.
 
PIB e Distribuição de Renda
Produtos internos bruto baixo, distribuição desigual de rendimento o que geralmente tem provocado vários problemas políticos.
 
 
Sociais, como golpes do Estado, guerra, etc.
 

IDH:

 

Nos países subdesenvolvidos apresentam o índice de desenvolvimento humano muito baixo
 
 
fonte: elaborado pelo autor, 2020
 
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um indicador que mede o nível de desenvolvimento de um país, que foi criado por um economista paquistanês Mahbub Ul Haq em parceria com o economista indiano Amartyan Sem, tendo sido levado pelas Nações Unidas para o desenvolvimento (PNUD), para usa – lo como uma medida na comparação das Nações membros. 
 
o IDH mede o nível de desenvolvimento dos países, regiões e municípios, é um valor médio dos três componentes: longevidade, educação, e a PIB per capita. 
 
Considera se o IDH baixo se for menor ou igual a 0,499, e médio se estiver entre 0,5 e 0,799, alto se for maior que 0,800 (Souza, 2007).
 
 
Actualmente o IDH é visto como um dos principais relatórios, divulgado a nível nacional ou global e é um instrumento essencial para apresentar o desempenho sócio económico de um país e é instrumento primordial que a ONU usa para identificar os países que mais necessitam ajuda humanitária.
 
 
 Quando ao IDH as nações podem ser classificadas em: Baixo desenvolvimento, médio Desenvolvimento, alto desenvolvimento, e muito alto desenvolvimento. 
 
E o cálculo do IDH é feito mediante a média dos três critérios, o PIB per capita, a Educação, e a Saúde (Sousa, 2018).
 
 
 
 
Tabela dos países que lideram o raking do IDH no mundo e os piores países do IDH no mundo
 
LIDERES
PIORES
 
 
País 
IDH
País
IDH
 
Noruega
0,953
Níger 
0,354
 
Suíça
0,944
RCA
0,367
 
Austrália
0,938
Sudão
0,388
 
Alemanha
0,936
Chade
0,404
 
Islândia
0,935
Burundi
0,417
 
Suécia 
0,933
Serra Leoa 
0,419
 
Singapura
0,932
Burquina Fasso
0,423
 
Holanda
0,931
Mali
0,427
 
Dinamarca
0,929
Libéria
0,435
 
 
 
Moçambique
0,437
 
 
Fonte: Sousa, 2018, recuperado em: htt://mundoeducação.bol.uol.com.br
 
De acordo com a tabela a cima verifica se claramente que Moçambique é um dos piores países no índice do desenvolvimento sócio económico, é 10º país com IDH baixo
 
 
De acordo com o relatório nacional do desenvolvimento humano (2000), Moçambique é um dos países mais populoso de entre os 14 países integrardes na SADC. e quanto os indicadores de IDH, Moçambique esta no ultimo lugar entre os 14 países da SADC, isto devido aos baixos indicadores sociais e humanos, a esperança de vida é muito reduzida pouco mais de 42 anos, as despesas com saúde população por medico, pouco acesso a agua potável e a taxa de analfabetismo adulta.
 
 
 
 Uma outra clara e evidente prova sobre o baixo nível de desenvolvimento humano comparativamente de outros países da SADC é revelada pelos indicadores de pobreza humana (IPH-1) em que em Moçambique é 59 %. 
É o mais alto da SADC. 
 
 
 
Em relação a IDH percebe – se que existem três critérios levados em consideração todos especificamente relacionado com a qualidade de vida das pessoas.
 
 Como a saúde, onde se leva em conta a esperança de vida ao nascer ou seja tem que se saber quantas das pessoas que têm acesso a medicamentos, vacinação e outros tratamentos de saúde como também leva se em conta as taxas de natalidade e mortalidade infantil a desnutrição crónica, índice de violência, pois estes são aspectos meramente relacionados ao bem – estar – social.
 
 
 Na Educação olha se o nível de conhecimento grau de qualificação, instrução ou treinamento, é analisado também o Alfabetização assim como a educação infantil ensino básico, médio e superior, a avasao escolar nível de repetencias e a disponibilização de vagas para as crianças aptas para serem matriculadas. 
 
Na Renda leva se em consideração a qualidade da vida humana de acordo com o PIB per capita que é o total produzido durante um ano num determinado país e dividido numero total de habitantes para indicar o que cada individuo produziu.
 
Assimetrias Regionais no IDH em Moçambique. (2011)
Regiões e Províncias
IDH
 
Norte
0,400
 
Niassa
Cabo Delgado
Nampula
0.403
0,373
0,0424
 
Centro
0,432
 
Zambézia
Tete
Manica
Sofala
0,409
0,430
0,423
0,467
 
Sul
0,553
 
Inhambane
Gaza
Província de Maputo
Maputo Cidade
0,505
0,440
0,598
0,669
 
Moçambique
0,456
 
 
 
A tabela ilustra claramente as assimetrias entre regiões e as províncias em Moçambique no IDH, de acordo com a fonte (INE), a Educação pesa na composição do IDH para as províncias de Zambézia, Niassa e Nampula. 
 
Em quanto que o peso de padrão de vida medido pelo PIB per capita é mais predominante na realização do IDH na província de Cabo Delgado, Tete e todas as províncias da região sul e para as restantes províncias ( Manica e Sofala),a contribuição em media para realização do IDH é feita pela esperança de vida. 
 
Salienta se que a baixa contribuição na esperança de vida ao nascer nas províncias de Maputo Cidade e Gaza deve se à pandemia de HIV/SIDA que assola particularmente estas zonas do país.
 
 
Finalmente, ficou claro que o nível de desenvolvimento nos países subdesenvolvidos é muito baixa, devido a vários factores que estes países enfrentam, como também alguns factores que estes países são impostos pelos países do primeiro mundo. 
 
Com base nos índices mostrados que ditam geralmente o desenvolvimento é feliz afirmar que este fenómeno não se faz sentir nos países subdesenvolvidos.
 
O IDH é um indicador principal para medir o nível de bem-esta-social, no qual se assenta o desenvolvimento económico e o Moçambique é um dos piores no mundo como também o pior da SADC
 
Referências Bibliográficas:
Alfredo, B.(2013). Noções gerais de economia e desenvolvimento. Maputo, 
 
Moçambique: Alfredo
Niedarte, P.A.,Cardone, I.C.R. & Freitas,T. D . (2016).
 
 Introdução as teorias de desenvolvimento. São Paulo, Brasil: UFRGS
Relatório nacional de desenvolvimento humano. (2005).
 
 Desenvolvimento humano até 2015 alcançando os objectivos do desenvolvimento do milénio. Maputo, 
 
Moçambique: PNUD
Sousa, R.(2018).
 
 Mundo educação. Índice de desenvolvimento humano recuperado em: htt://m.mundoeducação.bol.uol.Cambr
Souza, N.J. (2007). 
 
Desenvolvimento económico (5ª Ed.). São Paulo, Brasil: Atlas
Tadaro, M (1979). 
 
 
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