Olá! Sabias que Lineu, ao elaborar o seu sistema de classificação com base em semelhanças entre os organismos vivos, acabou por formar grupos hierárquicos que mostram o grau de parentesco entre eles? Isto porque as semelhanças que apresentam são uma consequência desse parentesco. Muito fixe, não achas? Vamos aprender:
Objetivos da aula:
Ao concluir esta lição você será capaz de:
- Distinguir os grupos hierárquicos estabelecidos por Lineu.
- Enumerar as regras de nomenclatura.
- Definir como unidade biológica fundamental de classificação.
- Nomear grupos taxonómicos.
- Explicar a hierarquia das categorias taxonómicas.
Hierarquia das Categorias Taxonómicas
Os grupos hierárquicos estabelecidos por Linnaeus no seu sistema de classificação continuam a ser utilizados nos dias de hoje.
A categoria mais restritiva é a espécie, um grupo natural, e a mais extensiva é o reino.
- Espécies semelhantes agrupam-se para formar géneros.
- Géneros com semelhanças formam famílias.
- Famílias semelhantes formam ordens e as ordens agrupam-se com semelhantes para formar classes.
- Classes com semelhanças formam filos e filos similares constituem reinos.
É essencial notar que os taxonomistas por vezes admitem grupos adicionais quando necessário.
Por exemplo, um filo pode ser dividido em subfilos, uma classe em subclasse, e assim por diante, até à subespécie.
Ocasionalmente, são também admitidos casos de super-grupos, como super-famílias e super-ordens.
Categorias taxonómicas do Homem
O Homem é classificado do seguinte modo:
- Reino – Animal Filo – Cordados
- Subfilo – Vertebrados
- Classe – Mamíferos
- Ordem – Primatas
- Família – Hominídeos
- Género – Homo
- Espécie – Homo sapiens
Vale a pena mencionar que a espécie é a unidade fundamental de classificação porque existe na natureza independentemente da forma como nós humanos a interpretamos.
Todas as outras categorias taxonómicas são criadas por nós humanos.
O que é espécie?
Uma espécie pode ser definida como uma população dinâmica de organismos que partilham diversas semelhanças em termos de anatomia, fisiologia e comportamento.
Estes organismos geralmente conseguem acasalar entre si e gerar descendentes que também são férteis.
Regras de nomenclatura
Além de ter apresentado sistemas de classificação para plantas e animais, Lineu inovou nas regras de nomenclatura, introduzindo um critério de nomenclatura, que devido à sua simplicidade, foi imediatamente adotado e ainda é usado hoje.
Entre eles, destacamos a nomenclatura de espécies.
Cada espécie é designada por duas palavras – designação binomial.
O primeiro termo identifica o gênero ao qual a espécie pertence e é sempre escrito com uma letra maiúscula. O segundo termo é aplicado apenas a essa espécie dentro desse gênero – restritivo específico – e é sempre escrito em minúsculas.
Os dois termos que compõem o nome da espécie devem ser latinizados, ou seja, devem ter uma terminação latina.
Por exemplo, Canis vulgaris (nome científico do cão); Homo sapiens (designação da espécie humana).
Como distinguir as duas espécies?
Na classificação biológica, é costume adicionar um terceiro termo latino ou latinizado ao nome da espécie para distinguir entre duas espécies – o termo subspecífico restritivo.
Portanto, a designação de uma subespécie é trinomial. Por exemplo: Garrulus (termo genérico) glandarios (termo restritivo específico) faciatus (termo restritivo subspecífico)
Todas as categorias taxonómicas superiores à espécie são designadas por um único termo, conhecido como designação uninominal.
Por exemplo, a classificação de uma rã seria a seguinte:
Latim ou Português: Filo – Cordados ou Cordata Subfilo – Vertebrados ou Vertebrata Classe – Anfíbios ou Batrachia Ordem – Rãs ou Anura Família – Rãs verdadeiras ou Ranidae.
Referências bibliográficas
MINEDH. Módulo 1 de Biologia: Sistemática, estudo e classificação dos seres vivos no reino Monera e dos fungos. IEDA. Moçambique.