O Reino de Manyikeni começou por ser um posto comercial com maior influência administrativa do império do Zimbabwe e, nos séculos XVI a XVIII…
O Reino de Manyikeni começou por ser um posto comercial com maior influência administrativa do império do Zimbabwe e, nos séculos XVI a XVIII…
O Reino de Manyikeni começou por ser um posto comercial com maior influência administrativa do império do Zimbabwe e, nos séculos XVI a XVIII, já fazia parte do território de Sedanda, estado ligado ao império dos Mwenemutapas.
Neste artigo vamos aprender como o reino de Manyikeni se encontrava organizada.
Manyikeni era um reino próspero, de agricultores e criadores de gado. Situava-se numa zona que faz parte da actual província de Inhambane, a 50 quilómetros da baía de Vilanculos.
Em Manyikeni, desenvolviam-se várias actividades, tais como a caça, a fundição do ferro e a fiação de algodão.
Pouco a pouco, começaram a chegar produtos trazidos de áreas vizinhas e de lugares longínquos. Alguns dos mais importantes desses produtos eram o ouro e o marfim.
A partir de 1200 n.e., Manyikeni começou a ser um posto comercial com maior influência administrativa do grande Império do Zimbabwe. Manyikeni situava-se a 450 quilómetros da capital do Império, o grande Zimbabwe.
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Entre os séculos XVI e XVIII, a zona de Manyikeni fazia parte do território de Sedanda, estado que fazia parte do Império de Mutapa.
Constituía a sede de uma dinastia e um entreposto comercial importante da época. Controlava a baía de Vilanculos e assegurava um rápido escoamento de mercadorias.
As populações de Manyikeni viviam em aldeias à volta d amuralhado dos chefes, trabalhavam no campo, dedicavam-se à ca ao fabrico de instrumentos de trabalho de ferro e à fiação do algodão (sendo esta última atividade exclusiva para as mulheres).
Os amuralhados, à semelhança do Grande Zimbabwe, eram feitos pelas populações, que também reparavam de necessidade. Os chefes viviam em casas de pedra dentro dos amuralhados.
Em Manyikeni as populações trocavam internamente os seus produtos agrícolas ou artesanais. Alguns traziam sal da costa para trocar por instrumentos de trabalho feitos de ferro. Assim, as trocas eram feitas entre comunidades vizinhas e outras do interior.
Como os chefes dentro dos amuralhados, cobravam impos- tos em produtos agrícolas, artesanais e outros bens.
No entanto, para além de estarem a viver do trabalho dos camponeses, os chefes faziam também o comércio a longa distância resultante da exportação de produtos tais como o ouro, o marfim e em troca recebiam bens de luxo: missangas, tecidos e loiça fina.
O ouro do Grande Zimbabwe era o principal produto comercial usado nas trocas com os árabes na costa do Índico.
A aristocracia dominante comercializava o ouro e o marfim com os árabes vindos da costa. Em troca, recebia missangas de vidro, finas garrafas de vidro e loiça vidrada.
Localmente, eram manufaturados produtos tais como braceletes de cobre e de ferro, colares de conchas marinhas, enxadas, pregos, machados, objetos de barro e fazia-se fiação de algodão.
– Missangas de vidro colorido
– Porcelanas,
– Tecidos,
– Louça vidrada e finas garrafas de vidro.
– Ouro,
– Marfim,
– Missangas de ouro,
– Conchas marinhas,
– Cobre
Todos estes produtos aos dos outros centros regionais e aos do próprio Grande Zimbabwe.
O abandono e o posterior declínio do Reino de Manyikeni estão ligados ao fim do Grande Zimbabwe, com o surgimento do novo estado, o dos Mwenemutapas, por volta de 1440-1450.
A presença portuguesa em Sofala, em 1505, também contribuiu para o enfraquecimento de Manyikeni. Em 1500, os árabes deixaram de comercializar com Manyikeni, passando a preferir o posto de Sofala.
Os governantes do Reino de Manyikeni eram conhecidos como “mwamis”.
Eles exerciam autoridade sobre o reino e desempenhavam um papel crucial na governança e nas relações com outros reinos e povos vizinhos.
O Reino de Manyikeni estava envolvido em diversas atividades econômicas, incluindo agricultura, comércio e mineração.
A região era rica em recursos naturais, o que contribuiu para a prosperidade econômica do reino.
As crenças religiosas no Reino de Manyikeni eram predominantemente animistas, com a crença em espíritos e divindades associadas à natureza desempenhando um papel central na vida espiritual e cultural do povo.
A estrutura social no Reino de Manyikeni era organizada em torno da monarquia, com os mwamis exercendo autoridade suprema. Além disso, havia uma hierarquia social que refletia a divisão do trabalho e das responsabilidades dentro da sociedade.
A colonização europeia teve um impacto significativo no Reino de Manyikeni, levando à perda de autonomia e soberania.
A imposição do domínio colonial resultou em mudanças drásticas na estrutura política, econômica e social do reino, levando ao declínio do Reino.
O Reino de Manyikeni possuiu tradições culturais distintas, incluindo práticas cerimoniais, música, dança e arte visual que refletem a identidade única do povo manyikeniano.
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