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Como classificar os juízos? Quantidade e Qualidade dos juízos

A classificação do juízo e da proposição é baseada em diversos critérios, como quantidade, qualidade, inclusão do predicado no sujeito, …

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Compreendendo os juízos: quantidade e qualidade dos juízos

A classificação do juízo e da proposição é baseada em diversos critérios, como quantidade, qualidade, inclusão do predicado no sujeito, dependência ou não da experiência, relação ou condição, modalidade e matéria.
 
A combinação da quantidade (universal e particular) e da qualidade (afirmativo e negativo) resulta nos quatro tipos de proposições categóricas.
 

Classificação dos juízos quanto a Quantidade /Quantidade dos juízos

Quando falamos em quantidade, estamos nos referindo a quanto ou quantas coisas estão envolvidas em um juízo ou proposição. Pode ser universal, particular ou singular

 

Juízos universais

Os juízos universais são aqueles que aplicam o predicado a todo o sujeito.

 Por exemplo, “Todos os homens são mortais” e “Nenhum homem tem asas” são juízos universais porque se referem a todo o grupo de homens. 

 

Juízos particulares

Os juízos particulares são aqueles que aplicam o predicado apenas a uma parte do sujeito. 

Por exemplo, “Alguns moçambicanos são professores” é um juízo particular porque se refere apenas a alguns moçambicanos. 

 

Juízos singulares

– Os juízos singulares são aqueles que se referem a um único indivíduo. 

Por exemplo, “Maria é costureira” é um juízo singular. 

É importante notar que os juízos singulares muitas vezes podem ser reduzidos a juízos particulares porque se referem a um universo constituído por apenas um indivíduo entre muitos outros.

 

Classificação dos juízos quanto a Quantidade / Qualidade dos juízos 

Qualidade tem tudo a ver com se um juízo ou proposição é afirmativo ou negativo. isto e, os juízos, quanto a qualidade, podem ser afirmativos ou negativos.

 

Juízos afirmativos

 – Os juízos afirmativos afirmam o predicado em relação ao sujeito.

 Por exemplo, “Kumbi é um menino obediente” é um juízo afirmativo. 

 

Juízos negativos 

– Os juízos negativos indicam que o predicado não se aplica ao sujeito. 

 Por exemplo, “Santos não é um bom aluno” é um juízo negativo.

 

Outras classificações de juízos

Além da quantidade e da qualidade, os juízos também podem ser classificados com base em outros fatores. 

 

– Inclusão ou Não Inclusão:

Este critério verifica se o predicado.

Quanto a inclusão os juízos podem ser categóricos, hipotéticos ou disjuntivos.

 Os juízos podem ser categóricos quando há afirmação ou negação incondicional. 

 Também podem ser hipotéticos quando há uma afirmação ou negação sob uma condição.

Por último, podem ser disjuntivos quando um predicado exclui os outros. 

 

– Dependência da Experiência

Alguns julgamentos e proposições dependem das nossas experiências pessoais, enquanto outros não. 

 Os juízos podem ser a priori quando a sua verdade pode ser conhecida independentemente da experiência, ou a posteriori quando a sua verdade só pode ser conhecida através da experiência.

 

 – Relação ou Condição: 

Este critério considera a relação ou condição entre diferentes partes de um julgamento ou proposição. Ajuda-nos a entender como as coisas estão conectadas ou o que precisa acontecer para que algo seja verdade.

Os juízos podem ser assertivos quando afirmam um fato; problemáticos quando afirmam uma possibilidade ou apodíticos quando são necessariamente verdadeiros.

 

– Modalidades

Modalidades referem-se às diferentes maneiras pelas quais podemos expressar nossa certeza ou possibilidade sobre algo. Por exemplo, podemos dizer que algo é definitivamente verdadeiro, provavelmente verdadeiro ou possivelmente verdadeiro.

 

 – Matéria: 

Os juízos podem ser necessários quando o predicado se aplica necessariamente ao sujeito, contingentes quando o predicado se aplica ao sujeito, mas também pode não se aplicar, ou impossíveis quando o predicado não pode se aplicar ao sujeito.

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Os quatro tipos de proposições categóricas

Ao combinar quantidade e qualidade, podemos identificar quatro tipos de juízos que desempenham um papel importante na teoria das inferências.

 Esses juízos são simbolizados pelas vogais A, E, I, O

 

Antes de definir esses juízos, é importante entender como os argumentos são trabalhados na lógica.

 A lógica trabalha com argumentos formalizados, substituindo o conteúdo das proposições ou juízos por símbolos e focando apenas na sua forma. 

Na lógica aristotélica, cada elemento de uma proposição é substituído por um único símbolo. Por exemplo: “A Clara é uma menina muito gentil”. Para formalizar esse juízo, substituímos os termos por letras ou símbolos: S (sujeito) – é – P (predicado). Fazendo isso, obtemos a forma da proposição. 

Ao compreender essas diferentes classificações de juízos, podemos analisar e avaliar melhor os argumentos em lógica.

Podemos usar as letras “S” e “P” para representar o sujeito e o predicado de qualquer proposição, não importa do que se trata. Legal certo?

 

Tipos de Proposições:

– Afirmativas Universais (A)

Estas proposições são como dizer “Todos os S são P”. Por exemplo, “Todos os moçambicanos são africanos”. Significa que cada moçambicano também é africano.

 

– Universals Negatives (E)

Essas proposições são como dizer “Nenhum S é P”. Por exemplo, “Nenhum pássaro tem quatro patas”. Isso significa que não existem pássaros com quatro patas.

 

– Afirmativas Particulares (I)

Essas proposições são como dizer “Alguns S são P”. Por exemplo, “Alguns filósofos são loucos”. Isso significa que existem filósofos que são loucos.

 

– Particular Negativas (O)

Estas proposições são como dizer “Alguns S não são P”. Por exemplo, “Alguns filósofos não são loucos”. Isso significa que existem filósofos que não são loucos.

Como lembrar os tipos de proposições

Para lembrar os tipos de proposições, podemos usar as vogais das palavras “AFIRMO” e “NEGO”. 

As duas primeiras vogais de “AFIRMO” representam as Afirmativas: Universal (A) e particular (I), e as duas vogais de “NEGO” representam as Negativas: Universais (E) e particular (O). 

Exercícios 

1. Classifica os juízos seguintes quanto à qualidade.

a) Os maputenses são moçambicanos.

b) Nenhum anarquista é respeitador da lei.

c) Certos moçambicanos são académicos.

d) Alguns anarquistas são políticos.

Classificando os juízos quanto à qualidade:

Resolução:

a) Qualidade: Afirmativo. “Os maputenses são moçambicanos.”

b) Qualidade: Negativo. “Nenhum anarquista é respeitador da lei.”

c) Qualidade: Afirmativo. “Certos moçambicanos são académicos.”

d) Qualidade: Afirmativo. “Alguns anarquistas são políticos.”

 

2. Classifica os juízos seguintes quanto à quantidade.

a) Os maputenses são moçambicanos.

b) Há políticos que são demagogos.

c) Há políticos que não são demagogos.

d) Nenhum filósofo é milionário.

Resolução:

 a) Quantidade: Universal. “Os maputenses são moçambicanos.”

b) Quantidade: Particular. “Há políticos que são demagogos.

c) Quantidade: Particular. “Há políticos que não são demagogos.” 

d) Quantidade: Universal. “Nenhum filósofo é milionário.”

 

3. Classifica os juízos seguintes quanto à quantidade e qualidade.

a) Há homens que não cumprem com os seus deveres de cidadãos.

b) Alguns quenianos são os melhores atletas do mundo.

c) Nenhum louco é professor.

d) Todos os pais prezam os seus filhos.

e) Nem tudo o que brilha é ouro.

 

Resolução:

a) Quantidade: Particular. Qualidade: Negativo.

“Há homens que não cumprem com os seus deveres de cidadãos.”

 

b) Quantidade: Particular. Qualidade: Afirmativo.

“Alguns quenianos são os melhores atletas do mundo.”

 

c) Quantidade: Universal. Qualidade: Negativo.

“Nenhum louco é professor.”

 

d) Quantidade: Universal. Qualidade: Afirmativo.

“Todos os pais prezam os seus filhos.”

 

e) Quantidade: Universal. Qualidade: Negativo.

“Nem tudo o que brilha é ouro.

 

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Referências

GEQUE, E & BIRIATE, M. (2010) Filosofia 12ª Classe – Pré-universitário. 1ª Edição. Longman Moçamique, Maputo.

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