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O PAPEL DOS CONTRATOS DE OPÇÕES COMO INSTRUMENTO DE COBERTURA DE RISCO

O PAPEL DOS INSTRUMENTOS FINANCEIROS (CONTRATOS DE OPÇÕES) COMO INSTRUMENTO DE COBERTURA DE RISCO Trabalho feito por: Orlando dos Santos Júlio Cumbe. Curso de Mestrado em Contabilidade e Auditoria UnISCED – 2023 osjcumbe@gmail.com   Tópicos deste artigo: I.        Introdução.. 4 1.1.       Problema e Justificativa. 4 1.2.       Objetivos. 5 1.3.       Metodologia. 6 II.      Referencial Teórico.. 6 2.1. Instrumentos financeiros – conceituação.. 6 2.2.  Contrato de Opções. 7 2.3. Vantagens do uso dos contratos de opções como instrumento de cobertura de risco  7 2.4.       Funcionamento do contrato de opção como instrumento de cobertura de risco. 8 2.5.       Papel dos contratos de opções como instrumento de cobertura de risco III.         conclusão.. 12 IV.         Referências. 14          I.   Introdução O foco principal deste estudo são os Instrumentos Financeiros, especificamente os Contratos de Opções, como meio eficaz de mitigação de risco. O mercado de negociação de derivativos é um fórum de investimento, financiamento e proteção dos agentes envolvidos, utilizando instrumentos financeiros como contratos futuros, contratos a termo, contratos de swap e contratos de opções.  Segundo MENDONÇA (2005), o formador de mercado, o especulador e o arbitrador participam do mercado de derivativos, atuando em conjunto para obter lucros, obter recursos para investimentos e proteger-se das flutuações monetárias das commodities. Um argumento popular para a implementação de um hedge é a redução da volatilidade nos resultados da empresa. Esse maior nível de certeza sobre o futuro tem um impacto positivo significativo nas decisões de investimento de indivíduos avessos ao risco.  O objetivo desta pesquisa é compreender a utilização de instrumentos financeiros, em especial contratos de opções, como forma de mitigação de risco por empresas em diferentes mercados de derivativos. Isso envolve uma compreensão dos conceitos teóricos relacionados às opções financeiras, sua funcionalidade e sua aplicação na gestão de riscos financeiros.  Além disso, serão fornecidas instâncias de situações práticas que exigem o uso de opções para proteção contra flutuações de preços em ativos subjacentes. PUBLICIDADE 1.1.Problema e Justificativa A exposição ao risco financeiro em empresas públicas e privadas pode levar a desafios que afetam sobremaneira sua lucratividade e, em casos graves, até mesmo sua sobrevivência. Os riscos que as empresas enfrentam incluem flutuações de mercado, perdas significativas e proteção insuficiente contra esses perigos.  A raiz desses problemas está na falta de cobertura adequada contra vários tipos de risco, incluindo risco de preço, risco cambial, risco de crédito e risco operacional. As empresas podem reduzir riscos potenciais utilizando instrumentos financeiros como meio de cobertura de risco.  Os contratos de opções, por exemplo, podem servir como medida de proteção contra flutuações desfavoráveis ​​nos preços de commodities ou moedas estrangeiras. Ao empregar esses instrumentos, as empresas podem efetivamente minimizar sua exposição a esses riscos.  O problema em questão é até que ponto os instrumentos financeiros, em particular os contratos de opções, têm alguma influência na gestão de riscos financeiros entre empresas e instituições financeiras. A questão central que aqui se coloca é: Qual é o papel dos contratos de opções como instrumentos de cobertura de risco? Esta pesquisa visa estimular empresas e instituições financeiras a adotarem contratos de opções como forma de gerenciamento de riscos financeiros, inclusive aqueles associados a flutuações cambiais e de mercado, justificando assim seu significado social. A justificativa por trás desta pesquisa é, também, de natureza científica e pessoal. Em primeiro lugar, dá aos pesquisadores a oportunidade de obter uma compreensão mais aprofundada do tema em questão, abrindo caminho para possíveis investigações futuras e, por outro lado, a ambição pessoal do pesquisador de ser um gestor impulsiona a necessidade de uma compreensão aprofundada do campo. PUBLICIDADE 1.2.Objetivos 1.2.1.   Objetivo geral ü  Compreender o papel dos instrumentos financeiros, mais especificamente os contratos de opções, como instrumento de cobertura de risco. 1.2.2.    Objetivos Específicos ü  Analisar a eficácia dos contratos de opções como instrumentos de cobertura de risco em diferentes setores financeiros, como o mercado de ações, o mercado de commodities e o mercado cambial. ü  Explorar as vantagens e desvantagens dos contratos de opções em relação a outros instrumentos financeiros usados para gerenciamento de risco, como futuros e swaps. ü  Investigar a relação entre a volatilidade do mercado e a eficácia dos contratos de opções como ferramenta de cobertura de risco. PUBLICIDADE 1.3.Metodologia A metodologia utilizada para este artigo envolve o uso de métodos de pesquisa bibliográfica e documental. Visando obter dados significativos sobre o papel dos contratos de opções como forma de cobertura contra riscos, será realizado por meio de uma extensa revisão de artigos científicos, livros, revistas e periódicos especializados. O conhecimento complementar será adquirido por meio de pesquisas on-line na internet. O objetivo deste estudo é aprimorar e elucidar conceitos sobre o assunto, tornando-o uma investigação exploratória. Para atingir esse objetivo, várias facetas associadas ao tema serão examinadas e diversos pontos de vista de estudiosos serão examinados. A metodologia de pesquisa é qualitativa, uma vez que envolve a exploração e interpretação de referenciais teóricos. Posteriormente, esse conhecimento será transformado em aplicações pragmáticas e cotidianas para as empresas. Segundo BEUREN (2008), não é incomum que uma metodologia de pesquisa qualitativa seja utilizada na área da contabilidade, embora os números sejam comumente usados ​​na contabilidade, é importante reconhecer que a contabilidade está principalmente dentro das ciências sociais e não uma ciência precisa. Isso destaca a importância de utilizar técnicas de pesquisa qualitativa. Este artigo será estruturado em referenciais teóricos de forma a oferecer uma visão abrangente sobre o tema em questão.    II.   Referencial Teórico PUBLICIDADE 2.1.Instrumentos financeiros – conceituação Segundo FORTUNA (2020), os instrumentos financeiros referem-se a contratos ou valores mobiliários que significam um direito à propriedade ou reivindicação de um ativo subjacente. O ativo subjacente pode variar amplamente, incluindo commodities, moeda estrangeira e outros.  Esses instrumentos financeiros podem ser negociados em diversos mercados, como o mercado primário (para a emissão inicial de títulos) e o mercado secundário (para negociação de títulos já emitidos). Um dos métodos mais amplamente utilizados de classificação de instrumentos financeiros envolve algumas categorias distintas. Os instrumentos de renda fixa são aqueles que proporcionam um retorno estável e previsível ao longo do tempo,

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O
PAPEL DOS INSTRUMENTOS FINANCEIROS (CONTRATOS DE OPÇÕES) COMO INSTRUMENTO DE
COBERTURA DE RISCO

Trabalho feito por: Orlando dos Santos Júlio Cumbe.

Curso de Mestrado em Contabilidade e Auditoria

UnISCED – 2023

osjcumbe@gmail.com 

 Tópicos deste artigo:

I.        Introdução.. 4

1.1.       Problema
e Justificativa. 4

1.2.       Objetivos. 5

1.3.       Metodologia. 6

II.      Referencial
Teórico.. 6

2.1. Instrumentos
financeiros – conceituação.. 6

2.2.  Contrato
de Opções. 7

2.3. Vantagens
do uso dos contratos de opções como instrumento de cobertura de risco  7

2.4.       Funcionamento
do contrato de opção como instrumento de cobertura de risco. 8

2.5.       Papel
dos contratos de opções como instrumento de cobertura de risco

III.         conclusão.. 12

IV.         Referências. 14

  

     
I.   
Introdução

O foco principal
deste estudo são os Instrumentos Financeiros, especificamente os Contratos de
Opções, como meio eficaz de mitigação de risco. O mercado de negociação de
derivativos é um fórum de investimento, financiamento e proteção dos agentes
envolvidos, utilizando instrumentos financeiros como contratos futuros,
contratos a termo, contratos de swap e contratos de opções.

 Segundo MENDONÇA (2005),
o formador de mercado, o especulador e o arbitrador participam do mercado de
derivativos, atuando em conjunto para obter lucros, obter recursos para
investimentos e proteger-se das flutuações monetárias das commodities. Um
argumento popular para a implementação de um hedge é a redução da volatilidade
nos resultados da empresa. Esse maior nível de certeza sobre o futuro tem um
impacto positivo significativo nas decisões de investimento de indivíduos
avessos ao risco.

 O objetivo desta pesquisa é compreender a
utilização de instrumentos financeiros, em especial contratos de opções, como
forma de mitigação de risco por empresas em diferentes mercados de derivativos.
Isso envolve uma compreensão dos conceitos teóricos relacionados às opções
financeiras, sua funcionalidade e sua aplicação na gestão de riscos
financeiros.

 Além disso, serão fornecidas instâncias de situações práticas que
exigem o uso de opções para proteção contra flutuações de preços em ativos
subjacentes.


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1.1.Problema e Justificativa

A exposição ao risco
financeiro em empresas públicas e privadas pode levar a desafios que afetam
sobremaneira sua lucratividade e, em casos graves, até mesmo sua sobrevivência.
Os riscos que as empresas enfrentam incluem flutuações de mercado, perdas
significativas e proteção insuficiente contra esses perigos.

 A raiz desses
problemas está na falta de cobertura adequada contra vários tipos de risco,
incluindo risco de preço, risco cambial, risco de crédito e risco operacional.
As empresas podem reduzir riscos potenciais utilizando instrumentos financeiros
como meio de cobertura de risco.

 Os contratos de opções, por exemplo, podem
servir como medida de proteção contra flutuações desfavoráveis ​​nos preços de
commodities ou moedas estrangeiras. Ao empregar esses instrumentos, as empresas
podem efetivamente minimizar sua exposição a esses riscos.

 O problema em questão é até que ponto os
instrumentos financeiros, em particular os contratos de opções, têm alguma
influência na gestão de riscos financeiros entre empresas e instituições
financeiras. A questão central que aqui se coloca é: Qual é o papel dos contratos de opções como instrumentos de cobertura
de risco?

Esta pesquisa visa
estimular empresas e instituições financeiras a adotarem contratos de opções
como forma de gerenciamento de riscos financeiros, inclusive aqueles associados
a flutuações cambiais e de mercado, justificando assim seu significado social.

A justificativa
por trás desta pesquisa é, também, de natureza científica e pessoal. Em
primeiro lugar, dá aos pesquisadores a oportunidade de obter uma compreensão
mais aprofundada do tema em questão, abrindo caminho para possíveis
investigações futuras e, por outro lado, a ambição pessoal do pesquisador de
ser um gestor impulsiona a necessidade de uma compreensão aprofundada do campo.


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1.2.Objetivos

1.2.1.  
Objetivo geral

ü 
Compreender
o papel dos instrumentos financeiros, mais especificamente os contratos de
opções, como instrumento de cobertura de risco.

1.2.2.  
 Objetivos Específicos

ü 
Analisar
a eficácia dos contratos de opções como instrumentos de cobertura de risco em
diferentes setores financeiros, como o mercado de ações, o mercado de
commodities e o mercado cambial.

ü 
Explorar
as vantagens e desvantagens dos contratos de opções em relação a outros
instrumentos financeiros usados para gerenciamento de risco, como futuros e
swaps.

ü 
Investigar
a relação entre a volatilidade do mercado e a eficácia dos contratos de opções
como ferramenta de cobertura de risco.


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1.3.Metodologia

A metodologia
utilizada para este artigo envolve o uso de métodos de pesquisa bibliográfica e
documental. Visando obter dados significativos sobre o papel dos contratos de
opções como forma de cobertura contra riscos, será realizado por meio de uma
extensa revisão de artigos científicos, livros, revistas e periódicos especializados.
O conhecimento complementar será adquirido por meio de pesquisas on-line na
internet.

O objetivo deste
estudo é aprimorar e elucidar conceitos sobre o assunto, tornando-o uma
investigação exploratória. Para atingir esse objetivo, várias facetas
associadas ao tema serão examinadas e diversos pontos de vista de estudiosos
serão examinados. A metodologia de pesquisa é qualitativa, uma vez que envolve
a exploração e interpretação de referenciais teóricos. Posteriormente, esse
conhecimento será transformado em aplicações pragmáticas e cotidianas para as
empresas.

Segundo BEUREN (2008),
não é incomum que uma metodologia de pesquisa qualitativa seja utilizada na
área da contabilidade, embora os números sejam comumente usados ​​na
contabilidade, é importante reconhecer que a contabilidade está principalmente
dentro das ciências sociais e não uma ciência precisa. Isso destaca a
importância de utilizar técnicas de pesquisa qualitativa. Este artigo será
estruturado em referenciais teóricos de forma a oferecer uma visão abrangente
sobre o tema em questão.


  
II.   
Referencial
Teórico

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2.1.Instrumentos financeiros
conceituação

Segundo FORTUNA
(2020), os instrumentos financeiros
referem-se a contratos ou valores mobiliários que significam um direito à
propriedade ou reivindicação de um ativo subjacente. O ativo subjacente pode
variar amplamente, incluindo commodities, moeda estrangeira e outros.

 Esses
instrumentos financeiros podem ser negociados em diversos mercados, como o
mercado primário (para a emissão inicial de títulos) e o mercado secundário
(para negociação de títulos já emitidos).

Um dos
métodos mais amplamente utilizados de classificação de instrumentos financeiros
envolve algumas categorias distintas. Os instrumentos de renda fixa são aqueles que proporcionam um retorno estável e
previsível ao longo do tempo, como títulos públicos, letras financeiras e
debêntures. Os instrumentos de renda
variável
são ativos que geram retorno com base no desempenho do mercado,
como fundos imobiliários, ações e commodities.

 Finalmente, os derivativos são contratos financeiros
que dão aos investidores a oportunidade de lucrar com as flutuações no valor de
um ativo subjacente, podendo ser utilizados para proteção contra riscos ou para
fins especulativos.

SILVA NETO
(1998) postula que os instrumentos financeiros derivativos dependem da
existência de outro ativo ou contrato.

 É importante reconhecer que os
derivativos são aplicáveis ​​apenas a ativos e commodities que tenham um preço
de negociação livremente estabelecido no mercado.

 De acordo com a NCRF 25 do
PGC NIRF, um derivado refere-se a um contrato ou instrumento financeiro. Esses
contratos podem vir de várias formas, como
contratos futuros, contratos a termo, contratos de swap e contratos de opções
.


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2.2.Contrato de Opções

Um contrato
de opções é um acordo contratual feito entre duas partes e negociado em uma
bolsa, envolvendo a negociação do privilégio de comprar ou vender uma
quantidade predeterminada de uma mercadoria específica a um preço acordado, em
uma data posterior especificada.

 É o comprador da opção que detém o direito de
exercê-la, o que exige o pagamento de um prêmio.

Hull (2018)
explica que as opções são ferramentas financeiras intrincadas que atendem a
diversos propósitos, como proteção ou especulação.

 O autor observa que os
contratos de opção são compostos por um preço de exercício, que é o preço pelo
qual o ativo subjacente pode ser comprado ou vendido, e uma data de vencimento,
que significa o fim da vigência do contrato.


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2.3.Vantagens do uso dos
contratos de opções como instrumento de cobertura de risco

Entre as vantagens do uso de contratos de opções como uma ferramenta de
proteção contra riscos são dignos de nota, incluindo:

A) Flexibilidade: Os investidores têm a liberdade de
escolher entre uma infinidade de estratégias quando se trata de se proteger
contra riscos específicos por meio de contratos de opções.

 Essa flexibilidade
permite que os investidores comprem uma opção de compra para se proteger contra
um potencial aumento no valor do ativo subjacente ou vendam uma opção de venda
para se proteger contra a possibilidade de uma queda em seu valor.


B) Potencial para lucros: Os contratos de opções, frequentemente
utilizados como meio para gerar receitas. Uma opção de compra pode ser comprada
por um investidor que prevê um aumento no valor do ativo subjacente e pode
lucrar com esse aumento.


C) Redução do custo da cobertura: Os contratos de opções são conhecidos
por exigir menos capital inicial em comparação com outros métodos de cobertura,
como a compra do ativo subjacente ou a utilização de contratos futuros. Isso os
torna uma forma de cobertura mais econômica.


D) Limitam a exposição a riscos
adversos:
Para
reduzir a exposição a riscos desfavoráveis, pode-se comprar uma opção de venda.
Este tipo de investimento protege contra uma queda no valor do ativo
subjacente.

 Caso o preço do ativo caia abaixo do preço de exercício da opção, o
investidor pode optar por exercer a opção e vender o ativo pelo preço de
exercício mais alto, diminuindo assim a possibilidade de perdas financeiras
significativas.


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2.4.Funcionamento do contrato de opção como instrumento de
cobertura de risco.

De acordo
com a definição de Hull (2017), uma opção é um contrato que concede ao titular
o direito de comprar ou vender um ativo subjacente a um preço predeterminado em
uma determinada data. Os investidores costumam usar esses contratos como meio
de especular a trajetória futura dos preços dos ativos subjacentes.

Ao celebrar
este contrato, o comprador paga um prêmio ao vendedor para obter o direito de
compra ou venda. Somente quando for vantajoso, ou seja, as condições previstas
no contrato forem mais favoráveis ​​do que as do mercado no dia da liquidação,
é que exercerão o seu direito.

 Este atributo limita as perdas potenciais do
comprador ao valor do prêmio remetido, enquanto seus ganhos potenciais aumentam
à medida que as condições de mercado melhoram em comparação com a posição
pactuada. Os direitos do comprador substituem os do vendedor da opção. Para
compensar essa subordinação, o vendedor exige que o comprador pague uma taxa de
prêmio igual ao preço da opção no início do contrato.


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2.5.Papel dos contratos de opções como instrumento de cobertura de
risco

De acordo com
Charles (2022), o contrato de opção serve a três funções – proteção contra
quedas do mercado, especulação para capitalizar oportunidades de mercado e
arbitragem para explorar comportamento incomum do mercado para obter lucro sem
risco.


2.5.1. Contrato
de opções como instrumento de cobertura na proteção contra flutuações cambiais.

A prática de
contratação de opções como mecanismo de proteção é frequentemente aplicada em
casos em que o objetivo é reduzir os riscos associados às flutuações da taxa de
câmbio.

 É de conhecimento geral que qualquer transação financeira está
suscetível à volatilidade da taxa de câmbio.

 Conforme observado por PEREIRA
(2000), é imperativo que, após a conclusão da operação, a moeda necessária
esteja disponível para liquidação imediata, seja por meio de reservas de caixa
ou comprando-a pela taxa de câmbio atual e, há possibilidade de a taxa de
câmbio na data de vencimento diferir da taxa esperada no momento da operação, o
que é denominado risco de taxa de câmbio.

Tabela nº 1: resumo da
exposição ao Risco Cambial

Agentes Econômicos

Risco

Exportador ou
Vendedor e Financiado ou Tomador

Valorização cambial

Importador ou
Comprador

Desvalorização cambial


Chang
e Tabak (2002) sugerem que as empresas envolvidas em negócios internacionais
podem utilizar contratos de opções para garantir uma determinada taxa de câmbio
para transações futuras, protegendo-se assim das flutuações imprevisíveis do
mercado de câmbio.

Quando se trata de hedge cambial, o
ativo que serve de base é frequentemente uma moeda estrangeira.

 Quando um
contrato de opção de compra é adquirido, o comprador recebe o direito de
comprar a moeda estrangeira a um preço predeterminado em uma data futura
especificada. Isso permite que o comprador evite perdas com as taxas de câmbio
se a moeda estrangeira se valorizar em relação à moeda nacional.

 No caso de
desvalorização da moeda estrangeira, o comprador pode optar por não exercer sua
opção e, em vez disso, comprar a moeda à taxa de mercado atual.

Um contrato
de opção de venda, por outro lado, oferece ao comprador o direito de vender a
moeda estrangeira a um preço predeterminado em uma data futura. Isso é
vantajoso porque, se a moeda estrangeira desvalorizar em relação à moeda local,
o comprador pode exercer a opção de vender a moeda estrangeira pelo preço
fixado, evitando perdas causadas pelas taxas de câmbio.

 No entanto, se a moeda
estrangeira valorizar, o comprador pode optar por não executar a opção e, em
vez disso, vender a moeda ao valor atual de mercado.


2.5.2. Contrato
de opções como instrumento de cobertura na proteção de investimentos em ações.

 Outra demonstração do papel dos contratos de
opção é a utilização para compensar investimentos em ações. No caso de
investimento em ações, um contrato de opção pode atuar como uma salvaguarda
contra perdas futuras, servindo efetivamente como uma forma de cobertura para
proteger o investimento.

Conforme
explicação de Roxo (2021), a compra de uma opção de compra dá ao investidor o
privilégio de adquirir as ações subjacentes a um preço predeterminado,
denominado preço de exercício, dentro de um período de tempo específico.

 Quando
um investidor adquire uma opção de compra, ele tem a possibilidade de comprar
uma ação a um preço inferior ao seu valor de mercado atual se o preço da ação
exceder o preço de exercício. No entanto, se o preço da ação cair abaixo do
preço de exercício, o investidor pode optar por não exercer a opção e limitar
suas perdas ao custo da opção.

Por outro
lado, se um investidor compra uma opção de venda, ele tem o direito de vender
as ações subjacentes a um preço fixo durante um período específico.

 Se o preço
da ação cair abaixo do preço de exercício, o investidor pode optar por exercer
a opção e vender a ação por um preço superior ao valor atual de mercado. Se o
preço da ação subir acima do preço de exercício, o investidor pode optar por
não exercer a opção e limitar suas perdas ao custo da opção.


2.5.3.  
Uso de
contratos de opções como instrumentos de cobertura contra riscos de taxa de
juros.

 Quando se trata de se proteger contra
flutuações nas taxas de juros, os investidores podem recorrer a contratos de
opções.

 Por exemplo, se um investidor compra um contrato de opção, ele pode
vender um título a uma taxa fixa previamente acordada em algum momento no
futuro. Isso garante que o investidor esteja protegido contra uma queda nas
taxas de juros, pois ainda pode vender o título pelo preço pré-estabelecido.

 Essa técnica é particularmente útil para aqueles com títulos com taxas de juros
variáveis, pois os ajuda a se proteger contra quedas nas taxas de juros. Da
mesma forma, os investidores podem comprar um contrato de opção que lhes
permita comprar um título a uma taxa fixa no futuro para se proteger contra aumentos
nas taxas de juros.


2.5.4.  
Contrato
de opções como instrumento de cobertura contra riscos climáticos:

A
utilização de contratos de opções, conforme destacado por Huang et al. (2018),
pode ajudar os agricultores a gerir os riscos decorrentes de padrões climáticos
imprevisíveis, como secas ou inundações, melhorando assim as suas colheitas e
rendimentos globais.

 Ao adquirir uma opção de venda, os agricultores podem
garantir que suas safras sejam vendidas a um preço mínimo, independentemente de
quaisquer condições climáticas desfavoráveis. Com essa estratégia, eles podem
evitar danos econômicos substanciais e preservar a estabilidade financeira de
sua empresa.


 

2.5.5. Contrato
de opções como instrumento de cobertura contra riscos de flutuações nos preços
das commodities:

Os
contratos de opções fornecem um mecanismo de cobertura para produtores e
consumidores de commodities. Ao comprar um contrato de opção para vender
petróleo a um preço predeterminado em uma data futura, eles podem se proteger
contra possíveis quedas nos preços do petróleo.

A compra ou
venda de commodities pode ser um negócio arriscado, especialmente quando o
mercado é imprevisível. Uma forma de cobertura de tais riscos é a utilização de
contratos que permitam transações a um preço predeterminado em uma data futura.

 Esse método é especialmente benéfico para empresas que dependem de
matérias-primas, como agricultura e mineração. Essas empresas têm a capacidade
de garantir um preço mínimo para suas commodities por meio de contratos de opções.
Por meio desse método, eles podem ter certeza de que as flutuações do mercado
não terão um impacto significativo.


III. conclusão

Os
instrumentos financeiros que fornecem aos investidores a capacidade de comprar
ou vender um ativo subjacente a um preço predeterminado em uma data posterior
são conhecidos como contratos de opções. Esses contratos são utilizados como
forma de prevenção de riscos, permitindo que os investidores resguardem sua
posição quanto à variabilidade do preço do ativo subjacente.

 Os contratos de opções podem ser aplicados a
muitas situações comuns em nossas vidas diárias: Para se proteger contra
flutuações nas taxas de câmbio, as empresas que realizam negócios em moedas
estrangeiras enfrentam um risco cambial que pode afetar seus resultados
financeiros.

 Uma forma de reduzir essa volatilidade é por meio de contratos de
opções de câmbio que facilitam a compra ou venda de uma moeda a um preço
predeterminado em uma data futura.

 Produtores e consumidores de commodities,
incluindo petróleo, café e soja, também podem utilizar contratos de opções como
estratégia de proteção contra mudanças repentinas no preço desses ativos.

 Um
produtor de café pode vender um contrato de opção para garantir um preço mínimo
para sua colheita, enquanto um comprador pode comprar um contrato para limitar o
preço máximo que pagará pelo ativo.

 Os investidores também podem usar contratos
de opções para proteger suas carteiras de quedas no mercado de ações. Em caso
de queda do mercado, o valor do contrato de opção aumentará, compensando assim
as perdas na carteira.


 

IV.   Referências

ANDRADE, S. C., &
TABAK, B. M. (2001). Economia Aplicada. Vale a pena acompanhar a
volatilidade do dólar/real
, 471-489.

BEUREN, M. I. (2008). Como
Elaborar Trabalhos Monográficos em Contabilidade: Teoria e prática
(3a
ed.). São Paulo: Atlas.

Borba, M. d., Silva, R.
S., & Gadanidis, G. (2016). Fases das tecnologias digitais em Educação
Matemática: Sala de aula e internet em movimento.
Autêntica Editora.

CHANG, E. J., &
TABAK, B. M. (2007). Revista de Administração – RAUSP. Extração de
informação de opções cambiais
.

CHARLES, T. F. (2022).
REVES – Revista Relações Sociais. O papel dos contratos de opções na
cobertura da variação da taxa de câmbio e
.

FORTUNA, E. (2020). Mercado
Financeiro: Produtos e Serviços.
Rio de Janeiro: Elsevier.

HUANG, J. (2018).
Revista de Economia Financeira. Economia Agrícola.

HULL, J. C. (2017). Fundamentos
dos Mercados de Futuros e Opções
(8ª ed.). New Jersey: Pearson Education.

HULL, J. C. (2018). Opções,
Futuros e Outros Derivativos.
(10ª ed.). Porto Alegre: Bookman.

MACEDO, M. A. (2017).
Revista Brasileira de Finanças. Uso de opções reais na análise de projetos
de investimento em ações
.

ROXO, L. F. (2021).
https://blog.luizfernandoroxo.com.br/mercado-de-opcoes. Opções como
instrumento de hedge para investidores em ações
.

SILVA NETO, L. d.
(1998). Derivativos: definições, emprego e risco. São Paulo: 3. ed.
Atlas.

 

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