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Breve Historial da Zoologia
A zoologia não existiu como ciência até os trabalhos de Aristóteles, o primeiro a descrever de forma sistemática numerosas espécies animais e a estudar problemas como a reprodução e sua classificação em diferentes grupos segundo o grau de semelhança. A partir do Renascimento, o saber humano experimentou um notável desenvolvimento que levou à criação do método científico, ao desenvolvimento e expansão da investigação directa e à observação do mundo natural como única forma válida de conhecimento, além das afirmações dogmáticas e daquelas baseadas em autoridades de outras épocas, entre elas o próprio Aristóteles.
Na medicina, expandiu-se a prática da dissecação, procedimento também seguido pelos naturalistas e que abriria à ciência aspectos até então desconhecidos da estrutura e do funcionamento dos seres vivos.
As explorações geográficas, que se sucederam ao longo da idade moderna, levaram a conhecer novas faunas, com formas animais mais surpreendentes do que as mais fantásticas criações antigas, o que estimulou relatórios científicos, viagens subvencionadas por academias e governos, e obras enciclopédicas como a de George-Louis Leclerc, conde de Buffon. O chamado sistema binominal, método de classificação idealizado pelo botânico sueco Lineu, abriu seu caminho pouco a pouco, por sua simplicidade e eficácia, tanto em botânica quanto em zoologia.
De acordo com tal método, atribuía-se um nome científico composto de dois termos latinos, o primeiro para designar o gênero e o segundo a espécie, de maneira que cada ser vivo poderia ter a sua denominação, que também levava em conta seu parentesco genérico. A invenção do microscópio e sua utilização por pesquisadores como Antonie van Leeuwenhoek permitiu aos zoólogos a descoberta de um novo mundo de animais imperceptíveis a olho nu, tais como os protozoários, estágios larvares de numerosas classes, rotíferos etc., assim como as células reprodutoras (óvulos e espermatozóides). O problema da evolução das espécies (deve-se o conceito de espécie ao britânico John Ray) foi objecto de estudo rigoroso pela primeira vez por Jean-Baptiste Lamarck, que propôs em sua obra Philosophie zoologique (1809) a denominada teoria do transformismo, que defendia a transmissão hereditária dos caracteres adquiridos.
A questão foi um dos principais temas de debate científico ao longo do século XIX e culminou na teoria da evolução elaborada de forma independente por Alfred Russel Wallace e Charles Darwin. A pesquisa de fósseis permitiu o desenvolvimento da paleozoologia, ciência bastante beneficiada pelos trabalhos do francês Georges Cuvier, autor de estudos de anatomia comparada e idealizador do conceito de plano de organização, ou padrão geral estrutural e orgânico, a que pareciam obedecer grandes grupos de animais. Cuvier distinguiu quatro grandes planos organizacionais: o dos radiados, o dos moluscos, o dos articulados (depois artrópodes) e o dos vertebrados. Outro que deu grande contribuição à paleozoologia foi o britânico Richard Owen.
Muitos outros nomes se destacam pela importância de suas contribuições ao conhecimento da biologia animal: Rudolf Leuckart, que estudou os celenterados, assim como os ovos dos insetos e o fenômeno da partenogênese, em conseqüência da qual as fêmeas se reproduzem
sem a intervenção dos machos; Christian Gottfried Ehrenberg, que distinguiu os protozoários de outros animais microscópicos pluricelulares; Karl Theodor von Siebold, que se notabilizou no estudo da anatomia comparada dos invertebrados; e Ernst Heinrich Haeckel, que enunciou a chamada lei biogenética fundamental (também chamada teoria da recapitulação), segundo a qual o desenvolvimento do ser desde a fecundação até a maturidade para a reprodução é uma recapitulação das fases sucessivas pelas quais passou a espécie a que pertence em sua evolução.
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Sumário
A partir do Renascimento, o saber humano experimentou um notável desenvolvimento que levou à criação do método científico, ao desenvolvimento e expansão da investigação directa e à observação do mundo natural como única forma válida de conhecimento. Na medicina, expandiu-se a prática da dissecação. O chamado sistema binominal, método de classificação idealizado pelo botânico sueco Lineu, abriu seu caminho pouco a pouco, por sua simplicidade e eficácia, tanto em botânica quanto em zoologia. A invenção do microscópio e sua utilização por pesquisadores como Antonie van Leeuwenhoek permitiu aos zoólogos a descoberta de um novo mundo de animais.
Cuvier distinguiu quatro grandes planos organizacionais: o dos radiados, o dos moluscos, o dos articulados (depois artrópodes) e o dos vertebrados. Muitos outros nomes se destacam pela importância de suas contribuições ao conhecimento da biologia animal: Rudolf Leuckart, que estudou os celenterados, assim como os ovos dos insectos e o fenômeno da partenogênese, em consequência da qual as fêmeas se reproduzem sem a intervenção dos machos. Karl Theodor von Siebold, que se notabilizou no estudo da anatomia comparada dos invertebrados; e Ernst Heinrich Haeckel, que enunciou a chamada lei biogenética fundamental, segundo a qual o desenvolvimento do ser desde a fecundação até a maturidade para a reprodução é uma recapitulação das fases sucessivas pelas quais passou a espécie a que pertence em sua evolução
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Exercícios
Exercícios 1. Explique o contributo de Aristóteles para o desenvolvimento da zoologia.
R: Aristóteles, foi primeiro a descrever de forma sistemática numerosas espécies animais e a estudar problemas como a reprodução e sua classificação em diferentes grupos segundo o grau de semelhança.
2.Qual foi a importancia das explorações geográficas, que se sucederam ao longo da idade moderna?
R: As explorações geográficas, que se sucederam ao longo da idade moderna, levaram a conhecer novas faunas, com formas animais mais surpreendentes do que as mais fantásticas criações antigas, o que estimulou relatórios científicos, viagens subvencionadas por academias e governos, e obras enciclopédicas como a de George-Louis Leclerc, conde de Buffon.
3.O chamado sistema binominal, método de classificação idealizado pelo botânico sueco Lineu, foi um impulso para o desenvolvimento de sistema de classificacao. Argumente.
R: Abriu seu caminho pouco a pouco, por sua simplicidade e eficácia, tanto em botânica quanto em zoologia, pois acordo com tal método, atribuía-se um nome científico composto de dois termos latinos, o primeiro para designar o gênero e o segundo a espécie, de maneira que cada ser vivo poderia ter a sua denominação, que também levava em conta seu parentesco
genérico.
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