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Qual é a origem histórica da auditoria?

A origem histórica da auditoria remonta a civilizações antigas, onde as primeiras formas de controle e verificação de registos financeiros começaram a surgir.

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A origem histórica da auditoria remonta a civilizações antigas, onde as primeiras formas de controle e verificação de registos financeiros começaram a surgir.

 Ao longo dos séculos, a auditoria evoluiu e se desenvolveu como uma prática formalizada, desempenhando um papel fundamental na garantia da integridade e transparência das informações financeiras.

1. A origem histórica da auditoria

O surgimento da auditoria remonta à Inglaterra, uma nação que dominava os mares e exercia o controle sobre o comércio global. A Inglaterra não apenas estava na vanguarda do estabelecimento de grandes empresas comerciais, mas também foi pioneira no conceito de imposto de renda ao cobrar impostos sobre os lucros corporativos.

A importância da auditoria é reconhecida há milhares de anos, remontando à antiga Suméria.

 Sá afirma que descobertas arqueológicas indicam a existência de inspeções e verificações de registos realizadas entre a família real de Urukagina e o templo sacerdotal sumério, que datam de mais de 4.500 anos antes do nascimento de Cristo. (SÁ, 1998, p. 21)

Existem relatos documentados de procedimentos de auditoria conduzidos nas províncias romanas. Esses relatos foram comunicados ao imperador Trajano (97-117 dC) por meio de uma série de cartas escritas por um jovem chamado Plínio (61-112 dC).

 

Durante a Idade Média na Europa, numerosas associações de profissionais eram responsáveis ​​pelo cumprimento das funções de auditoria. Notáveis ​​entre eles foram os conselhos de Londres, estabelecidos em 1310; o Tribunal de Contas de Paris, fundado em 1640 (tornando-se conhecido por Colbert e Bertrand François Barême); o Collegio dei Raxonati em Veneza, fundado em 1581; e a Academia dei Ragioneri em Milão e Bolonha, fundada em 1658 (SÁ, 1998).

Para salvaguardar os padrões éticos dos auditores, a profissão experimentou um declínio na reputação entre 1845 e 1850. Isso foi amplamente atribuído à proliferação de praticantes negligentes e ineptos.

 No entanto, a partir de 1850, associações profissionais começaram a surgir na Escócia e na Inglaterra, abrindo um precedente para outras nações europeias. Essas associações visavam regular e defender a integridade da profissão de auditoria.

 

Para que os auditores exercessem sua profissão, era necessário que estivessem filiados a organizações de classe específicas. Essas organizações não apenas supervisionavam a prática da profissão, mas também conferiam títulos oficiais a seus membros.

Os associados possuem capacidade legal para se envolver em várias atividades e transações.

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2. Como surgiu a auditoria e a profissão do auditor?

Com o avanço do capitalismo e a expansão dos mercados, a concorrência entre as empresas aumentou significativamente. Nesse contexto, as empresas sentiram a necessidade de ampliar suas instalações e aprimorar seus procedimentos para tornar seus produtos mais atrativos e competitivos.

 No entanto, essas mudanças exigiam recursos financeiros consideráveis.

Para financiar suas operações e investimentos, as empresas recorreram tanto às instituições financeiras quanto à abertura de seu capital.

 Ao buscar financiamento junto a essas entidades, os investidores passaram a exigir informações detalhadas sobre a posição patrimonial e financeira das empresas. Essas informações eram cruciais para que pudessem avaliar a segurança, liquidez e rentabilidade dos negócios nos quais estavam interessados.

 

Foi nesse contexto que surgiram as demonstrações financeiras (DF) como forma de fornecer aos investidores uma visão clara e objetiva da situação econômica e financeira das empresas.

 As demonstrações financeiras são relatórios contábeis que apresentam informações sobre os ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa de uma empresa em um determinado período.

Com o aumento da importância das DF na tomada de decisões de investimento, os investidores começaram a exigir que esses relatórios fossem examinados por profissionais independentes da empresa em questão.

 Essa demanda levou ao surgimento da auditoria como uma prática profissional específica e a profissão de auditor.

2.1. Então, o que é a auditoria?

A auditoria é um processo sistemático de análise e verificação das informações contidas nas demonstrações financeiras de uma empresa.

 Os auditores são profissionais especializados, com capacidade técnica e conhecimento das normas contábeis e de auditoria, responsáveis por avaliar a fidedignidade e a conformidade das informações apresentadas nas DF.

A função do auditor é assegurar que as demonstrações financeiras estejam em conformidade com os princípios contábeis aplicáveis e que reflitam de forma precisa a situação financeira da empresa. 

O auditor também busca identificar possíveis erros, fraudes ou irregularidades que possam comprometer a confiabilidade das informações.

 

A profissão de auditor é regulamentada em muitos países e exige certificações específicas, como a de Contador Público Certificado (CPC) ou Auditor Independente. Essas certificações garantem que os auditores possuam o conhecimento técnico necessário para realizar suas atividades de forma competente e ética.

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3. A origem histórica da auditoria em moçambique

A origem histórica da auditoria em Moçambique remonta ao período colonial, quando o país era uma colônia portuguesa. Durante esse período, a auditoria era realizada principalmente pelo Estado português para garantir o controle financeiro e administrativo das atividades coloniais.

Após a independência de Moçambique em 1975, a auditoria passou a ser uma ferramenta essencial para o controle e monitoramento das finanças públicas do país. O governo moçambicano estabeleceu órgãos de auditoria interna e externa para garantir a transparência e a prestação de contas na gestão dos recursos públicos.

O Tribunal Administrativo (TA) é responsável por auditar as contas do Estado e das entidades públicas, bem como julgar casos de irregularidades financeiras. O Conselho Superior de Auditoria (CSA) é um órgão independente que supervisiona as atividades de auditoria no país.

Nos últimos anos, Moçambique tem enfrentado desafios significativos no campo da auditoria. Escândalos financeiros, como o caso das dívidas ocultas em 2016, destacaram a necessidade de fortalecer os mecanismos de controle e auditoria no país.

 O governo tem trabalhado para melhorar a capacidade técnica e institucional dos órgãos de auditoria, bem como fortalecer a legislação relacionada à auditoria e ao combate à corrupção.

Em termos de regulamentação, Moçambique adotou a Lei de Auditoria em 2007, que estabelece os princípios e normas para a realização de auditorias no país. A lei define as responsabilidades dos auditores, os procedimentos de auditoria e as penalidades para casos de irregularidades financeiras.

A auditoria em Moçambique desempenha um papel fundamental na promoção da transparência, prestação de contas e boa governança. Ela contribui para o fortalecimento das instituições democráticas, a prevenção da corrupção e o uso eficiente dos recursos públicos.

 

 

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