Relações entre Israel e países africanos

A guerra entre Israel e a Palestina tem repercussões em todo o mundo, incluindo em África. Os países africanos estão divididos nesta questão complexa e isto está a afetar as suas relações com Israel.

 Para compreender esta situação, é importante recuar na história e examinar os diferentes acontecimentos que moldaram as relações entre Israel e os países africanos.

 

A divisão entre os países africanos

Os países africanos têm posições divergentes sobre o conflito israelo-palestiniano. Alguns países, como o Quénia, a Zâmbia, o Gana e a República Democrática do Congo, estabeleceram laços estreitos com Israel. Isto deve-se em parte ao fornecimento de tecnologia avançada, assistência militar e ajuda humanitária por parte de Israel.

 Outros países, como a África do Sul e a Argélia, apoiam fortemente a Palestina. A África do Sul, em particular, traçou paralelos entre a luta dos sul-africanos negros contra o apartheid e a luta dos palestinianos contra a ocupação israelita.

 

Mudando relacionamentos

Com o tempo, as relações entre Israel e os países africanos evoluíram. Em 2016, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, visitou África, marcando a primeira visita de um primeiro-ministro israelita ao continente em décadas.

 Esta visita abriu caminho para vários acordos bilaterais e comerciais entre Israel e países africanos como a Etiópia, Senegal, Chade, Marrocos e Sudão. No entanto, apesar destes desenvolvimentos, alguns países africanos continuam a apoiar fortemente a Palestina.

 

Impactos em África

O conflito entre Israel e a Palestina tem repercussões em África, especialmente a nível económico. Por exemplo, o aumento dos preços globais do petróleo pode tornar difícil aos países africanos, como a Nigéria, o pagamento do seu combustível, conduzindo a um custo de vida mais elevado para os cidadãos.

 Além disso, em caso de crise humanitária, os países vizinhos da Palestina, como o Egipto, poderão enfrentar um aumento no número de refugiados, o que poderá criar tensões sociais e económicas.

 

Mas apesar destas divisões e desafios, todos os países africanos querem que o conflito entre Israel e a Palestina termine rapidamente, a fim de minimizar a perda de vidas e os impactos no continente africano.