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Por que Portugal Não colonizou Zimbabué?

Vamos responder a preocupante pergunta sobre a expansão europeia: Por que Portugal Não colonizou Zimbabué?

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Exploração de Novos Territórios: As Colónias Portuguesas

A exploração de novos territórios sempre foi impulsionada pelo desejo de glória, prestígio e pela busca de recursos e riquezas. Este foi certamente o caso de Portugal, uma nação que navegou e explorou com sucesso vários territórios.

No entanto, se olharmos para um mapa de todas as colónias portuguesas, vemos que os territórios que hoje conhecemos como Zâmbia, Malawi e Zimbabué nunca foram colonizados por Portugal. Mas porque é que Portugal não conseguiu dominar este território? Vamos descobrir as razões por trás disso.

 

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A Chegada a Moçambique

No dia 2 de março de 1498, o Capitão Vasco da Gama e a sua tripulação finalmente chegaram a Moçambique após explorar e desembarcar em vários locais como Angola e Cabo Verde. 

A sua chegada à Ilha de Moçambique marcou o início das suas interações com árabes e colonizadores portugueses, ampliando o seu conhecimento do território.

 

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O Reino de Mwenemutapa

Só depois de chegarem à parte central do país é que os portugueses tiveram o primeiro contacto direto com o Reino de Mwenemutapa, um império não-muçulmano conhecido pelo seu extenso comércio e abundantes reservas de ouro.

Os portugueses estavam ansiosos por monopolizar estas riquezas, mas enfrentaram vários desafios.

 

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Os desafios enfrentados pelos portugueses

O tamanho do império, as barreiras linguísticas e a geografia da região representaram obstáculos significativos para os portugueses. Se quisessem tomar as terras do império, teriam que penetrar mais profundamente no continente, o que era uma tarefa difícil devido à geografia local. Ao contrário dos tempos modernos com carros e aviões, os desafios geográficos durante a guerra tornaram tudo ainda mais difícil.

As tropas portuguesas teriam de desembarcar em Sofala, passar por Manica e chegar ao Zimbabué para atacar a sua capital. A distância era simplesmente grande demais e, sem o conhecimento da geografia local, a viagem tornou-se mais longa e perigosa. Além disso, a barreira do idioma diminuiu ainda mais as chances de uma missão bem-sucedida.

 

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O papel dos guias

Poderíamos sugerir o uso de um guia, mas encontrar um guia adequado era altamente improvável. O guia precisaria falar português, ter conhecimento geográfico e ter um certo nível de confiança ou lealdade para com os portugueses.

Encontrar um guia que cumprisse todos estes critérios foi um desafio, pois a lealdade do guia poderia ser comprometida se os portugueses falhassem no ataque.

 

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Uma estratégia alternativa

Perante estas dificuldades, os portugueses prosseguiram uma estratégia alternativa. Ao longo dos anos, iniciaram uma série de conflitos dentro do reino, empregando a tática de “dividir para conquistar” e outras estratégias desestabilizadoras.

Isto acabou por enfraquecer o império, levando-o à beira do colapso no início do século XVII.

 

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A Ascensão do Império Rozvi

No entanto, o colapso de um império pode abrir caminho para a ascensão de outro. Com a queda do Império Mwenemutapa, os portugueses ganharam mais território, mas também encontraram um novo inimigo: o Império Rozvi.

No início da década de 1680, o Império Rozvi começou a expandir seu território, demonstrando suas proezas como guerreiros habilidosos e estrategistas militares.

 

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A Batalha pelo Ouro

Por esta altura, os portugueses tinham um número considerável de soldados no Zimbabué e estavam ansiosos por obter o controlo das minas de ouro. Em 1683, as milícias portuguesas tentaram invadir o Império Rozvi numa tentativa de controlar o comércio de ouro.

No entanto, armados com lanças e escudos tradicionais, os Rozvi repeliram com sucesso estes ataques e mantiveram o controlo das minas de ouro até ao colapso do seu império. Expulsaram os portugueses do planalto central, deixando apenas uma presença nominal que persistiu durante séculos.

 

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As novas prioridades de Portugal

Naquela época, Portugal estava focado nas rotas marítimas para a Ásia e no comércio de especiarias com a Índia, China e outras regiões orientais. As colónias portuguesas no Brasil, Angola, Moçambique e outros territórios já produziam recursos significativos.

Considerando as condições geográficas, as barreiras naturais e o facto de os Rozvi permanecerem sempre um passo atrás dos portugueses, a colonização do Zimbabué parecia um desafio logístico e militar, tornando-a desnecessária naquela altura.

 

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A mudança na perspetiva de Portugal

No entanto, as circunstâncias mudaram, como evidenciado pelo mapa “róseo”. Se quiser saber porque é que os portugueses mudaram de ideias sobre a colonização do Zimbabué, veja o vídeo no canal. 

A nova decisão de Portugal de colonizar o Zimbabué teria tornado extremamente difícil a defesa da população indígena, dados os avanços tecnológicos que os portugueses possuíam naquela época. Mas agora não era apenas o interesse de Portugal e da população indígena que estava em jogo; Os interesses britânicos também entraram em jogo.

 

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A influência britânica

Em 1867, os britânicos descobriram ouro no Zimbabué, despertando a sua ganância pelo controlo do território.

Até finais do século XIX, quando os britânicos idealizaram um projeto ferroviário que ligasse o Egipto à África do Sul e que passaria pelo Zimbabué, Portugal viu o seu sonho de colonizar o Zimbabué desvanecer-se.

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